quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Nós todos somos dependentes químicos

 O que? Eu não! Que papo é esse de dependente químico? No máximo uma cervejinha na sexta-feira, meu amigo. É isso mesmo, ninguém assume a dependência direta e muito menos vê a indireta. Há, por trás de tudo que consumimos, um agente disfarçado de remédio ou conservante. Pior são os hormônios e os malditos bactericidas. Está tudo dominado colega, estamos nas mãos dos poderosos da indústria química, que estão ricos e muito bem, obrigado.
 Voltemos por partes. O ser humano não nasceu para sofrer e a mãe natureza tem remédios em grande fartura. Não esqueçamos que temos a capacidade de auto-cura, com a mente forte e positiva. Viva o velho Pajé ! O bom cachimbo da paz e os espíritos das florestas, suas plantas e magias na mão do sábio senhor da selva. Eu acredito na cura sem a medicina tradicional, para os males que a nossa própria mente cria e pode, com certeza, descriar. Somos um conjunto infindo de bactérias equilibradas, uma confusão de líquidos e sólidos regados no sangue. Difícil de acreditar não é? E a aspirina? E chá de boldo? Um escalda pé pode te curar colega! Não se esqueça da gemada bem quente! A sopa de alho é de lascar de ruim, mas pode te tirar da gripe...
 Enfim, o bom médico de família, cadê? O conselheiro e amigo de todos, que só ao tocar a campanhia já baixa a febre do cidadão! Saudades deles, tantos conheci que, antes de tudo desconfiavam de seus próprios diagnósticos. Hoje os médicos nem olham no teu olho, não perguntam da tua vida afetiva, da conta bancária, do problema chifral. Triste isso, impessoal e a favor da indústria dos exames. Espirrou? Exame de sangue completo! Dor no estomago? Vai ter que engolir a cobra colega! Cagou mole? Vai entrar outra cobra... E tome de espetar, furar, tirar sangue antes e depois, uma merda mesmo! Tenho ódio a essa medicina sem carinho e sem a presteza do tempo (esse cura tudo) e da atenção. Minha mãe tinha o poder de com um beijo me deixar melhor! Tem explicação? Pergunte ao velho Pai de santo. Quem sabe um passe com uma boa pinga? Resolve.
 E vamos todos tomando refrigerantes, antioxidantes, acidulantes, o escambal! Consumindo o que a indústria quer e a mídia te enfia goela dentro. Que bom tomar uma cerveja artesanal como na Alemanha. Comer um tomate pequeno e tímido do agricultor natureba. E o ovo de galinha? Esse só presta das bichinhas soltas, comendo minhoca, barata, cupim. Ciscadeiras e fortes! Galinha que dá pro galo, bem coberta, feliz da vida. Abaixo os frangos de cativeiro! Viva os frangos soltos e fagueiros como as bichas loucas nas paradas gay. Vamos botar o pé no chão e acreditar na natureza, ela sim é a cura, mas sem dispensar um lexotan vez por outra...
 Saúde acima de tudo! Tim-Tim! Abra um bom vinho por mim.

 Roberto Solano

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