sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Os pais que matam seus filhos


                                Os pais que matam seus filhos

      O título é terrível para um tema mais ainda. A morte de crianças pequenas pelo descuido de pais modernos. Sim, escolhi o termo moderno para culpar a nossa falta de tempo e as pressões do mundo moderno sobre a máquina humana, que respira, come e é falível! Hoje leio estarrecido: “Um bebê de 10 meses morreu asfixiado ontem em Volta Redonda, após ser esquecido pelo pai por horas dentro do carro”; outro fato” No ano passado uma menina de cinco meses morreu dentro do carro em São Paulo, após sua mãe deixá-la trancada por cerca de cinco horas” e essa morreu queimada... (O Globo, sexta-feira 9.11.2012 pag 16) Meu Deus.
    Penso e repenso onde está o erro? Esse rapaz é um louco ou um totalmente abestalhado, quem sabe uma vítima da imaturidade? O que ele vai escolher como sua cruz eterna? Que culpa vai carregar para o resto da vida? Essa mãe nunca irá entender, nem eu e nem você! Que castigo! Meu Deus... A culpa é uma cicatriz no rosto, nunca vamos esquecê-la, ela pode ser disfarçada e até não vista por terceiros, mas tu não a esquecerá jamais, enquanto houver um espelho. Não queria estar na pele dessa gente que errou pouco e vai pagar muito! Errou pouco? O leitor agora acha que o louco sou eu! Vou tentar explicar o erro “bobo” da modernidade: nós somos carregados pelos vícios e facilidades do mundo rápido e moderno. São carros velozes, aviões (esses seguros mesmo!), ruas, celulares, compromissos e filhos. Os filhos, enquanto pequenos objetos móveis são frágeis. Nossas avós não deixavam os bebês saírem de casa, todo o cuidado era pouco para evitar o sol, o vento e o toque de pessoas desconhecidas. Havia as doenças sem cura e a criança “não vingava” e morria; sem muita explicação, um” golpe de ar” era suficiente para trazer a” velha da foice” montada em uma bela pneumonia fatal. Hoje não! Tudo tem cura! Os carros são modernos estão refrigerados, confortáveis, uma continuidade do lar... porém sem a tua Avó! Aí vem a certeza de que tudo se resolve. Esse é o problema: tudo se resolve com a medicina e a tecnologia da comunicação aliada ao conforto. É fácil deixar o pimpolho dormindo do carro ou na praia dentro do bebê-conforto, se ele chorar é só um pouquinho, eu volto já...

 Outro dia vi na praia um bebê dormindo com uma pele na famosa cor “rosa bebê”, entendi o nome da cor e imaginei como a pequena criaturinha iria sobreviver à noite... Se não houver maiores sequelas e a vóvó ficar sem dormir cuidado do pequeno torresminho humano. Os pais são jovens e dinâmicos, sarados, surfistas e artistas (quem sabe?). Uns bundões! Deveriam ficar com a bunda no sol em praia de nudismo para depois saberem o mal que fizeram ao seu próprio traseiro! Fiquei revoltado e calado, não sou o avô! Graças à meu bom Deus.

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