terça-feira, 16 de julho de 2013

O cirque du soleil é aqui em casa!



 O cirque du Soleil é aqui em casa!

  Tenho um filho adorável, que com sua também adorável namorada tiveram a não tão adorável  ideia de resgatar um gato na rua. O dito gato foi apelidado de Robert Fripp (um guitarrista da pesada), nome bem aplicado para o roqueiro cidadão que tem todas as características de “gato de rua”: malhado em preto e branco, olhos esbugalhados, bigodes enormes e a esperteza de quem viveu catando migalhas na rua. Acertou na loteria! Sim, casa, comida e carinhos a toda hora. Minha mulher disse “não vou cuidar de gato!” e acrescentou” e quando vocês viajarem??? Quem cuida do gato???” Silêncio mortal... Eu fiquei quieto...
 Bem, o tempo passa e o cidadão de bigodes cresceu, e muito! Hoje é um gato do tipo “Frajola” do desenho animado, pelo bonito, gordo e sem vergonha aos extremos. A funcionária aqui de casa detesta gatos e, um belo dia, a vi desfilando com o felino nos ombros! Incrível (pensei eu) essa moda de inverno vai pegar! O gato esparramado no pescoço da moça que sorridente desfilava pela casa, vassoura na mão, cantarolando, na fria manhã de inverno... Pode??? O gato conquista a todos! Sua técnica é infalível: eu te olha, se esfrega na tua perna e TIMBA! Dá uma cambalhota de palhaço de circo! Então a paixão vem te invadir o coração! Cuidado!!!! O artista é uma figura e vai te aprontar!
 O gato “ F “, vamos chamá-lo assim, ficou sob nossa guarda nas férias do casal. As malas sendo prontas e o “F” caminhando por cima das roupas, entrando nas malas, pressentindo a separação. Afinal o quarto que ele “habita” é do meu filho (alias era... O gato tomou!) e lá ele passa as tardes dormindo e a noite também! Diz o jovem rapaz que ele é muito carinhoso e todas as manhãs vem acordá-lo com lambidas e delicadas mordidinhas... Não é lindo??? Sim até ficarmos eu e minha mulher com a missão impossível de cuidar do bichano.
 Primeiro dia: O “F” ficou cabisbaixo, triste mesmo, na cama sem abrir o olho, sem comer. De noite oferecemos um biscoito apetitoso que foi comido sem muita disposição: fossa das bravas, o animal sente a falta do dono...
 Segundo dia: “F” já demonstrava algum movimento, começou a comer e resolveu pegar um sol pela manhã, com passadas curtas ele se mexia ao longo dos corredores, pelas paredes, triste...
 Terceiro dia: “FD” já estava se” mudando “, ele resolveu adotar o novo quarto para passar a temporada de férias do dono e já se posicionava em nossa cama, carinhoso e ainda quieto, se recuperando, se recuperando...
 Quarto dia: O “FDP” acordou! Em movimentos dinâmicos já estava de pé e saltitante ás 5 horas da manhã! Acordamos felizes! Nas ruas as manifestações por um Brasil melhor e no meu quarto a alegria imperava no felino que subia e descia da cama, derrubava as coisas na mesa de cabeceira, ronronava, feliz da vida. Que alegria! O nosso “gatinho” saiu da crise de depressão e parecia um Rivotril de bigodes! Que felicidade! Minha mulher fez sua sopinha predileta de “cordeiro com carne moída”, coisa fina de gato de madame! E tocamos a nossa vida enviando fotos do sacana deitado no colo da nova mãe adotiva, todo feliz...
 Quinto dia: O Filho da Put%$#@#! Fez o mesmo ás 4 da matina...
 Sexto dia: ÁS 2 horas da manhã! Deus meu, e agora, quem tem que trabalhar cedo sou eu e minha adorável companheira colocou o gatuno para fora do quarto e trancou a porta! Ufa! Que se dane a depressão dele, tomei meu frontal e tentei dormir! Qual nada, meus amigos, a fera resolveu dar saltos ornamentais e se pendurar da maçaneta da porta, sem antes soltar os “miaussss, miausss, miauss” e tome de porrada na porta!
 - Amor, vou com ele para a sala, você precisa dormir...
 Eu adoro a minha mulher, nesse dia ela deu a prova mais sincera de amor eterno.Quando acordei vi uma pessoa debilitada, olhos cansados, deitada na sala:
- Não dormi nada! Tentei de tudo, mas o FRIPP não parou quieto, subiu nas estantes, deu a volta olímpica nas poltronas da sala e depois veio deitar sobre as minhas pernas dobradas e , com uma chave de pernas dormiu ½ hora, quando eu não aguentava mais a posição tive que mexer, daí  ele recomeçou o “cirque du soleil”, estou morta!
 Agora vou sair para o trabalho e o nosso atleta da madrugada está enroscado sobre a cadeira, barriga cheia, feliz e sonhando com o pai dele que está passeando e pedindo fotos do “filhote”, cheio de saudades do mimoso gatinho...

 Volta Leo, volta, por favor... SOCORRO!!!!!

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