quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Concurso da APPERJ

 Amigos

 Essa poesia foi selecionado para o concurso da APPERJ concorrendo ao prêmio Francisco Igrejas de 2014, a ser realizado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro em 26/09/2014, auditório Machado de Assis. Estão todos convidados!

 Obrigado pelo apoio e leitura do Blog.

 Abraço de Roberto Solano




5/5


 Um sol costureiro rasga minha cortina
 A manhã virando claridade na retina adormecida
 Sábado de sol, mês de maio, ano 2012
 Acordo tonto, sem acordar, acordando...


 Abro janelas vendo o ar frio penetrar a casa
 Finjo não ver lá fora para não me despertar
 Quero sentir o torpor do meu sono ainda vivo
 Estou meramente de pé com a mente acamada...


 Agora não posso mais fugir do apito da chaleira
 É manhã de Maio e tento coragem para ver o céu
 O céu que vai adentrar no coração cansado, triste
 Ele está lá, imponente, me esperando, calmo e tranqüilo


 Agora sou eu! Um só desperto, preparado para o embate
 Levanto a cabeça e vou até a janela aberta, na visão maior
 Na mais linda cor de azul, recém lavada pelo orvalho em noite fria
 Lá está a minha alegria maior! A esperança em forma de cor: azul


 Não é azul comum, nem do mar, nem das flores atrevidas, nem azuis talvez
 Ele é algo que penetrando os olhos vai se dissolvendo em outra cor maior
 Maior que o céu, mero pano de fundo, e do mar, seu admirador eterno
 O azul de Maio! O único e venturoso! Indescritível na manhã clara portenha


 Venha ver-me todos os anos dessa vida de tantas cores
 Socorra aos que tem coragem de te entender
 Traga passarinhos e ventos frios
 Mas volte, volte sempre
 Salvando minh'alma
 Carioca


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