segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O País dividido



O País dividido

 Agora com a Dilma mantida no poder e com a “mancha vermelha” no Norte e Nordeste fala-se da divisão do Brasil. Eu pergunto: essa divisão sempre existiu ou não? Eu creio que sim! Vivi os dois lados, frequento os dois lados e gosto deles. Uma coisa é comum: rico gosta do mais rico e pobre ajuda o mais pobre. Rico que ajuda pobre só tem um: o que gera emprego e que não rouba sua própria empresa, o resto é caridade. Pobre que ajuda rico eu nunca vi! Um operário ou um serviçal só fica no emprego por comodidade ou promoção (deixa gradualmente de ser pobre). A empregada doméstica vai melhorar de vida enquanto os ricos ficarem mais ricos e procurarem por elas e não as acharem! Aqui no Rio de Janeiro faltam domésticas e ganham bem mais que a mesma no Nordeste. Isto é fruto do desenvolvimento! Vá morar em NY e vais ter que lavar teu banheiro, colega. Aqui ainda tem classe dita média com carro e motorista, vai ver o salário do cidadão, a educação do mesmo, ele se veste bem e faz tudo. Lá no nordeste até tem, MAS sem tantos predicados e o salário baixinho. Carteira assinada? Por lá não cola... O próprio empregado não faz muita questão e o patrão relaxa com um bom scotch. O lucro não faz mal! O que nos divide é a distribuição da renda, do governo manipulador que tira do pobre e alimenta suas dívidas com os banqueiros, quando sobra o empregado melhora de vida.


 A maior divisão de águas é de quem poupa e vive com o que ganha e dos que estendem as mãos para a “esmola governamental” e compra mais do que pode pagar. Os que vejo melhorar de vida são os porteiros que não pagam o aluguel e não fizeram 10 filhos; os encarregados de obra que trabalham os finais de semana para aumentar a renda; o vendedor de churrasquinho de praia que quando não faz sol vai vender tralhas chinesas no sinal, enfim: trabalho em local de renda! A minha ex-empregada vivia sendo perseguida pelo banco e eu negociei a dívida dela pagando menos da metade; até a boa moça pedir para sair e logo após os telefonemas choverem, na busca desesperada pela endividada. Não tem jeito! Minha casa minha dívida! Médicos cubanos lançados para acabar com os jovens que pretendem ganhar mais. As “lulinhas” (o menor aprendiz) que tenho que empregar para cumprir meta! Os incapacitados, outra meta! Tudo para que faça a minha parte social, já que o governo não faz... Liguei para o SENAI pedindo carpinteiro e pedreiro para trabalhar na construção civil, sabe o que a moça me propôs? “O senhor não tem um encarregado para ministrar as aulas? Estamos sem professores para abrir uma turma...” O que fazer? Fiz escolinha profissionalizante, classifiquei vários profissionais, pra que? A construção civil vai piorando e o operário que instruímos vai ficar desempregado e abrir uma barraca de produtos chineses na feira.

 Deixemos o choro pra lá! Estamos divididos e endividados! Não há crescimento sem dívida neste país! Só ganham os que poupam... Que tal criar a “bolsa poupança?”: uma parte da renda doada ficaria retida em uma poupança que poderia ter seu valor ampliado com vetores de correção como frequência dos filhos nas escolas e nível de escolaridade. Isto é só um sonho meu, como aquele outro que terminou nos céus de Santos...

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