sexta-feira, 10 de outubro de 2014

See me, feel me...



 See me
Feel me
Touch me
Heal me

 Esta letra é do legendário conjunto The Who que me emocionou quando jovem, principalmente no festival de rock Woodstock:


 A tradução é:
Veja-me
Me sinta
Me toque
Me cure

 Agora vivemos exatamente o contrário com a propagação do vírus Ebola, a última coisa que pensamos é ter que conviver com essa doença em sociedade. Curioso o medo da morte: todos têm, mas a “fantasia” da proximidade dela é muito ampliada. Um avião passa sobre sua cabeça, um carro passa por poucos centímetros da tua perna apressada e você não teme. Já o Ebola... O mais triste é que ele acontece no lugar mais miserável, entre negros famintos, meninos subnutridos, malária, diarreias, água suja. Deus está castigando? São infiéis? Não, nada disso! A morte agora tem passaporte, vai passear pelo mundo todo, do taxista Inglês degolado ao imigrante da Guiné que chegou ao Brasil com febre. Temos um medo terrível de não contar com a cura! Hoje tudo tem cura, ou quase cura, vacina prá tudo, radioterapias e quimioterapias, cirurgias mágicas, tudo, tudo e mais alguma coisa... Para um rico! Branco, americano de preferência e bonito! Aí esse beneficiado cidadão vai tomar drogas, comer fast-food e... Se food! E o pior: ele se acha imortal em sua Ferrari a 200 km/h! Como se joga fora a sorte no mundo!
 Meu sonho era que, de dentro da mais fechada floresta Africana brotasse uma planta mágica que ingerida por negros da região os curasse do vírus mortal, com um porém: só da urina deles é que um branco seria salvo! Ou melhor: beijo na boca! Um monte de gente indo para Serra Leoa tomar mijo ou beijar os negões (ou negonas). Que bacana seria isso! 1000 dólares na barraquinha do beijo da negona desdentada! Casamento com um negão custa 1 milhão de dólares! E ainda leva um saquinho da erva e cura sua família toda! Os mais conservadores poderão tomar o drink “Sossega Ebola” que nada mais é que (urina + caracu), uma beleza! Cientistas enlouquecidos querendo isolar o antídoto e nada! Só no beijo e no xixi!
 Eu vou, com meu disco debaixo do braço e cantarei no meio da praça:

See me
Feel me
Touch me
Heal me

 Será que ganho um beijo “di grátis”?










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