domingo, 14 de dezembro de 2014

Vai doer de novo

Vai doer de novo

 Dezembro, calor, Rio de Janeiro, Brasil. Estamos vivendo o caos urbano das obras que prometem um futuro melhor. A roubalheira está em cada pagina do jornal, o país brincando de ser rico e socialmente correto, as contas não fecham: há inflação e crise na economia, esquecemos tudo, pois é Natal! Assim foi na Copa do mundo, os revoltados foram para as ruas e depois nada aconteceu... Levamos uma surra de sete gols, nada mal para um Brasil que se acha uma potência, somos melhores no futebol! Essa alegria já era...

 Então é Natal! Vamos fingir uma felicidade que é falsa, como de hábito, fazemos um bom teatro. A família, os amores, o dinheiro que virá, festas e mais festas, estamos felizes, como sempre. Eu não! Estou revoltado com o rumo da nação, com o esquecimento quase natural dos erros, com as eternas desculpas, com os governantes, com a moral e a falsa ética. Comemorar o que? O ano vindouro? Nossas esperanças? A Petrobrás quebrando e minha vida vai bombar! Tenho eu uma bela aposentadoria? Meu filho vai viver neste descalabro ou pula fora? Estamos sem rumo, ou quem puder que vá buscar seu rumo em outras praias...

 Ano novo também! Estaremos mais fortes e convictos da sociedade melhor, no trânsito caótico, no assaltante que pode te matar na esquina, no Brasil do PT. Tomarei champanhe e darei sete pulinhos, sete pedidos, quão feliz estarei, cheio de alegrias e otimismo... Eu não! Não gosto de contar anos e de repensar o que fiz projetando o que farei. Cansei.

 Pro velho e pro novo ! O velho já era, o novo também. Queria ter nascido no Brasil que me prometeram: um país do futuro! Rico e cheio de oportunidades. Burro fui eu, acreditei! Tinha que ser ladrão ou político, talvez funcionário público, talvez jogador de futebol, isso pode dar certo. Para estudar é melhor sair, ter pai rico e se criar no exterior, voltar por cima e se ficar por baixo vive da grana do pai. Show!

 Fica aqui meu recado de desesperança, não há solução (fora dentro de um avião) para melhorar. Se você ainda acredita reze, se não chore. Tudo muda e aqui no nosso querido Brasil nada vai melhorar. Aperte o cinto que o País sumiu!

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