quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O dia em que o mundo recomeçou




O dia em que o mundo recomeçou


 Fazem  70 anos que o homem brincou de Deus e fez o inferno. Neste fatídico dia a força maior da natureza sem controle, de átomos colidindo e gerando uma energia inimaginável, sem medidas, um louco cogumelo de fumaça e fogo a destruir tudo. A guerra acabou e o medo fez a humanidade se calar, num medo maior que a própria imagem do demônio, uma dose de veneno maior que o dragão que o cuspia, um horror que não cabia no planeta. Matou e mutilou, deixou o castigo eterno da radiação, mudou o DNA e mutilou esperanças, ficamos todos orfãos, sem ação. Sempre houve matança, dor e poder,somos bichos maus e passamos a ser terríveis! Fizemos a bomba nuclear para mudar o mundo dos dias contados para os dias que  ainda faltarão: um relógio ao contrário, na contagem do pavor. Os poderosos tiveram a coragem de mudar a ordem lógica da guerra, não é mais a força que ganha e sim o capeta sem controle. Deus fez o mundo e o homem o desfez, conseguiu o impensável: destruir o mundo em uma ordem, um telefonema, um botão vermelho. O inferno veio do céu, sobre um povo milenar, cortando vidas e levando crianças, entortando a roda da vida. Choremos e nunca mais esqueçamos desse horror colossal, desse dia em que o mundo recomeçou mais triste, mudo e sem entender mais nada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário