quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Como são incompetentes



Como são incompetentes

 Hoje fiz a minha primeira viagem de metrô, na nova linha que nos leva da Barra da Tijuca para o resto do mundo (Zona Sul e centro), uma experiência comparável a um cego voltar a ver, fantástica! Como fiquei abismado com o tempo perdido em inúmeros engarrafamentos, encontros cancelados, consultas médicas adiadas, dinheiro perdido, muita ansiedade depurada pela língua seca e suor na pele, dentro de um carro ou espremido no ônibus. Como viver sem o metrô? Em poucos minutos eu saí do centro de Ipanema e fui agraciado pela contagiante beleza da lagoa da Barra da Tijuca, sorria! Você está na Barra! Lembram da placa que encantavam os motoristas que ao saírem do último negro túnel mergulhavam no imenso mar e céu azul, lembram? A mesma sensação de reviver me invadiu, o coração parou por alguns segundos e a mente se embebedou da beleza cinematográfica da lagoa sendo atravessada pela imensa cobra suspensa, sol, montanhas verdes, até a feia Igreja redonda ficou bonita aos olhos encantados do passageiro. Foi um sonho ou um susto? Acordei...

 Agora temos a solução esquecida nas mãos, para uso e desfrute, o futuro deu seu cartão de visitas para esse suburbano morador da Barra, agora sou gente! Porque não fizeram isso antes? Que incapacidade paralisou os homens do poder, quem não fez e por quê? Deviam estar presos! Meu Deus, agora posso dizer que aquele transporte do século passado existe aqui, é como sair de um jumento para uma Mercedes Bens, da máquina de calcular manual ao último PC da Apple, do celular “tijolão” Motorola para um smartphone, não tem volta!


 Vamos rezar, vamos cobrar, para que o povo vá as urnas votar por quem possa e saiba fazer, por um pouco mais de dignidade urbana, mais alegria e tempo pra viver nesse paraíso chamado de Rio de Janeiro.

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